No vale dos desesperados a vida canta cega como o luar. A insônia é uma cabra cega que arde na solidão silenciosa e te soterra. Tuas veias se entupiram de um gozo espesso e escuro como a mãe. Sem luar teu lugar fica mais estreito. A vida é uma cabra cega que canta ao luar. E urge. Com ardente ferocidade. Achata. Toda via é cega. Tua tremenda fome se soterra ao lugar. Você se estrangula ao lutar. Teu lugar. Cada vez mais estreita, a distância entre nós sussurra. Os olhos ardem; a boca seca; a virgindade explode numa miríade de fragmentos inomináveis. Toda vez que canto o luar adormece tua boca. A boceta ardente canta uma melodia infinita caramelizada em caos. Toda vez. Sedimentos.
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